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Negócios

Automob leva para Bolsa a aposta nas concessionárias de veículos seminovos

São Paulo, fevereiro de 2025.

Empresa do grupo Simpar estreia na B3 com modelo de negócios que deu certo nos EUA, mas ainda é pulverizado no país

É como se fosse um IPO, mas um pouco diferente. Talvez seja o melhor jeito de explicar a estreia da Automob, empresa de concessionárias de veículos do grupo Simpar, na B3 na próxima segunda-feira (16), mesmo sem o mercado emplacar uma nova listagem há três anos.

Para entender melhor o negócio: a Vamos, uma empresa-irmã que já é listada desde 2021, vai virar duas empresas listadas: uma de locação de máquinas e outra de concessionárias de máquinas. O braço de locação continuará a se chamar Vamos. Já a frente de concessionárias irá se juntar com a rede de concessionárias da holding, a Automob. E é ela que estreia na B3 na próxima segunda-feira.

A empresa controlada pelo empresário Fernando Simões chega à Bolsa com uma proposta ainda pouco conhecida no país, mas muito forte no exterior: a consolidação de lojas de venda de seminovos. No Brasil, são vendidos por ano mais de 14 milhões de veículos usados – para este ano, a previsão do setor é de recorde de 15,5 milhões de veículos vendidos, o que representaria um crescimento anual de 7,3%. O ticket médio dos veículos gira em torno de R$ 80 mil.

“Vai ser um processo de ensinar o mercado, de aproximar mais os investidores para explicar o que é nosso modelo de negócios”, diz Antônio Barreto Junior, CEO da Automob. A vantagem, lembra o executivo, é que a empresa entrará na Bolsa com uma boa parte de acionistas estrangeiros em sua base, que já estão acostumados a ver movimentos parecidos no exterior.

“Estados Unidos e Inglaterra são mercados que estão na nossa frente há alguns anos com essa consolidação e com muitas companhias listadas”, prossegue Barreto, ao lembrar de empresas como Group 1AutoNation e Lithia, que já valem alguns bilhões de dólares na Bolsa de Nova York (Nyse).

Em um momento em que o Banco Central voltou a acelerar o aumento de juros, o consumo tende a desacelerar, mas o CEO da Automob ainda vê oportunidades para o setor apesar do aperto monetário. “Juros altos não são bom para ninguém, e nossa atividade precisa muito de crédito. A parte boa é que os bancos têm confiança na oferta de crédito para compra de seminovos, e é um nicho com baixa inadimplência”, afirma.

Estreia grande

A Automob vai estrear na B3 com uma faturamento anual de R$ 13 bilhões e uma rede de 200 lojas, que vendem desde marcas de luxo, como BMW e Jaguar, até carros populares – e agora também máquinas, que foi o que viabilizou a listagem da empresa. 

Na Vamos, o negócio de concessionárias não vinha entregando o resultado esperado e virou um detrator no balanço da empresa. Isso fez a Simpar decidir separar atividades de locação e venda de veículos pesados, de forma a aproveitar a especialidade da Automob na venda de seminovos. Outra aposta está em incrementar a receita com a venda de serviços de pós-venda.

 “O negócio da concessionária dentro da Vamos sofreu muito com a crise do agronegócio e isso se tornou um problema maior dentro dela. Já dentro do nosso negócio, podemos atuar de forma mais ágil. São produtos diferentes, mas as operações são bastante similares.”

Leia a matéria completa em: Automob leva para Bolsa a aposta nas concessionárias de veículos seminovos | InvestNews